Política Racial e de
Gênero no Governo Wagner.
Onde será que iremos parar, com o
mistério, articulação ou qualquer outro nome que possa ser dado ao modo como estas
questões vêm sendo tratadas, pelo governo estadual da Bahia.
A política racial dada a sua
complexidade, magnitude do desafio e os limites impostos pela estrutura da
secretaria estadual, desenvolveram um trabalho de pouca expressão que precisa ter
mais investimento e seqüência, para não perdermos tudo o que já foi construído,
e investido com o dinheiro publica.
Com relação à política para as
mulheres a Bahia teve um avanço significativo, não queremos dizer com isso que
está bom, mas é publico e notório que avançamos, sobretudo na direção do interior
do estado onde a discussão tinha pouca penetração, hoje os municípios se
mobilizam em torno da questão e realiza inúmeras atividades o ano inteiro. Será
que vai parar?
Nós mulheres negras estamos
estupefatas, inquietas e indignadas com o tratamento dado as duas questões. A
demora é devido a analise profunda da questão e teremos uma ampliação das duas
políticas ou coisa de mulher e de negro estão sendo tratado, como assunto de
pouca importância? Servindo de brigas e desavenças entre nós povo negro e de
periferia.
Urge solução e unidade da maioria
da população baiana formada por pretos e pardos que estão ausentes da discussão
do alto escalão ou se estão presentes precisam dizer claramente o que está
acontecendo e o que estão defendendo.
Queremos esclarecer que somos um
grupo de mulheres negras e de periferia, cansadas de ver as nossas questões
serem tratadas como assunto de menor importância, ou servindo para os discursos
inflamados de compromisso com o social, torcemos pelo acerto do governo, pois é
este o governo que escolhemos num processo republicano e democrático, mas vamos
estar de olho buscando exercer o controle social as políticas que nos aflige e
interfere na nossa vida e na vida dos nossos filhos e filhas.
Enfim queremos que a questão se
resolva em prol do respeito e da vida das ditas minorias, com a nossa
participação, não podemos mais aceitar pacotes prontos com marcas que na
maioria das vezes não dialogam com as mulheres.
E usando um ensinamento de Steve
Biko “Nós o povo negro’’ e, sobretudo as mulheres negras e de periferia estamos
por nossa própria conta.
MARÇO MÊS DA MULHER, mês de fortalecer a política para mulheres e o
controle social
Odara Limagê
REDE DE MULHERES
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